Endometriose: Como a fisioterapia pode te ajudar?
Endometriose é uma doença caracterizada pela presença de endométrio fora do útero. Normalmente, o endométrio é a camada que reveste internamente a cavidade uterina e é renovado mensalmente por meio da descamação durante o fluxo menstrual. Em algumas situações, este tecido, ao invés de ser eliminado volta pelas trompas e alcança a cavidade pélvica e abdominal, gerando a endometriose.
A doença pode acometer também os ovários, as tubas e outros órgãos como o intestino e a bexiga. As células do endométrio, na pelve, vão funcionar de forma semelhante as que estão revestindo o útero, isso quer dizer que irão “menstruar” também e, é essa menstruação no lugar errado que é responsável por grande parte dos sintomas da doença.
No Brasil, são cerca de seis milhões de mulheres sofrendo com a endometriose, sendo que 53% desconhecem a doença.
Sintomas
Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e infertilidade, e 20% apenas infertilidade. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação;
- Dor pré-menstrual;
- Dor durante as relações sexuais;
- Dor difusa ou crônica na região pélvica;
- Fadiga crônica e exaustão;
- Sangramento menstrual intenso ou irregular;
- Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação;
- Dificuldade para engravidar e infertilidade.
A boa notícia é que há saída!
A abordagem da paciente com endometriose deve ser integral e realizada, preferencialmente, por uma equipe multidisciplinar. Dentro desta equipe encontra-se o fisioterapeuta com o objetivo de minimizar a dor através da elevação da liberação de endorfinas com exercícios direcionados, relaxar a musculatura da pelve, trabalhar posturas antálgicas (postura adotada com o intuito de reduzir a dor), ajudar a lidar com a dor, desfazer o ciclo “tensão-dor-tensão”, prevenir incapacidades e restaurar as funções desejadas pela paciente.
A fisioterapia tem diversos recursos para ajudá-la, como:
– cinesioterapia – reabilitação por meio de movimentos específicos do corpo;
– liberação miofascial – manobras superficiais para mobilizar a fascia (tecido que recobre todos os órgãos e músculos);
– eletroestimulação – aplicação de correntes indolores que causam analgesia;
Além da dor pélvica, a endometriose com frequência leva a dor durante a relação sexual. Como o estimulo a cada relação é doloroso, a musculatura da vagina fica tensa diante de um estimulo nocivo. Essa tensão muscular pode também causar dor principalmente durante a penetração. A fisioterapia pode usar recursos para diminuir a dor como:
– massagem perineal
– eletroestimulação
– biofeedback
– exercícios perineais
– consciência perineal e corporal
Melhorando dessa forma a satisfação sexual, autoestima e qualidade de vida!
Fonte: Maismaismedicina